12.27.2012

Fome+Desemprego+Saúde X Descriminalização das drogas.

        Às vezes, algumas frases que são iniciadas com "às vezes" e "algumas" são inquestionáveis.


Algumas pessoas estão desmerecendo a busca pela Descriminalização das Drogas, por considerarem mais importante lutar contra a fome e o desemprego.
Sem entendermos que essas lutas estão relacionadas, incorremos a uma lamentável falta de entendimento entre interessados e desinteresseiros.

Ouçam:


A legalização geraria muito mais recursos e empregos formais, que mortes e miséria como está acontecendo.

Não precisa ser usuário para entender que essa guerra não tem fim, é melhor usar os recursos gerados (droga X consumo) para proporcionar apoio às pessoas "dependentes", que terão assistência financiada pelos próprios usuários.

Não entendo como uma luta vã, não é somente uma luta para que as pessoas possam drogar-se, me interesso em ver essa guerra contras drogas acabar, que acabem com esse espetáculo com as droga e o medo,

Os mesmos recursos públicos que são investidos nesta guerra contras as drogas, pode financiar por todos os componentes necessários para a produção, venda, controle de lucros (eu chamo de controle de lucros, a boa destinação dos recur$os excedentes, que devem ser programados).

Esses recursos são os mesmos que fornecem capital para a compra de armas, outras drogas, centralização indevida de riquezas e etc. Além também do cânhamo ter outras utilidades além do uso como entorpecente o que daria outras funções comerciais ao produto.

Quando falo sobre e defendo a legalização, não me prendo somente ao livre comércio e plantio caseiro, mas também a uma venda controlada, com venda proibida a menores e com o lucro direcionado às instituições de tratamento de dependentes que o consumo normalmente produz.

O comércio de drogas gera muito dinheiro, por isso existem algumas lícitas. O fator mais importante sobre o controle de idade, é que jovens e crianças não participariam do processo de produção e venda legal, só sendo alcançadas para o consumo, eventualmente de maneira ilegal. Pois ninguém deve vender ou oferecer substâncias psicotrópicas às crianças.

Por ser altamente rentável é que muitos desejam que continue como está, ilegal, pois os recursos (dinheiro) gerados são direcionados aos seus devidos interessados. Alguns usam sandálias, outros tem assessores, iates, helicópteros e carros de luxo.

Para mim, todas as drogas devem ser tratadas como remédios, com venda controlada e com seus lucros sustentando o tratamento de dependentes...pois do jeito que está, está mais que claro que não resolve.

Precisamos do corpo de segurança voltado ao controle da violência e não somente ao controle de um comércio violento, onde até mesmo alguns destes, são beneficiados e contribuintes.

A ilegalidade tem promovido ações criminosas de ambos os lados. As pessoas não vão deixar de consumir drogas e elas mesmas podem financiar as instituições. É muito dinheiro gerado.

"mas a questão é: esse dinheiro ser realmente investido nisso e não desviado? ..e eu não acho que a droga seja um remédio"

Eu sou otimista, mesmo que desviem, não poderão fazer com o todo, pois se entregariam. Não existe pior desvio que crianças trabalhando para traficantes perigosos curtirem suas extravagâncias ilesos.
E a dependência é muito complexa para ser definida ou entendida, pois vai depender de cada um. Logo a droga, não vai deixar de ser como um "remédio" para quem está viciado e conforme a pessoa é identificada fica mais fácil de convidá-la ao tratamento financiado pelos próprios usuários.

Essa ideia de que o sistema e seus integrantes são corruptos, tem afundando a esperança popular em todas as coisas e logo tudo é entregue às mãos dos nossos integrantes corruptos instalados no governo (não é esquisito esse ciclo?).

Ter a sensação que as pessoas estão todas indo para vários lados, faz com que me sinta apenas um espectador de tudo isso, que me envolve, que está em mim, que participo de tudo isso.
Somente ciclistas lutam por ciclovias, somente quem precisa de algo é que corre atrás, as pessoas parecem não se importar com o que não fazem parte ou que acham que não fazem.

Fome, desemprego e a saúde pública são problemas mais importantes que descriminalização das drogas.

Certo. Eu também concordo.

 As piores drogas são o apego ao dinheiro excessivo, à vida luxuosa e extravagante.

Para alcançarmos uma era sem fome, desemprego, precisamos nos cuidar inicialmente dessa droga, depois dividindo atenção, oportunidade e carinho para as crianças, para que elas não necessitem de substâncias para amenizarem seus traumas e se tornem adultas dependentes e sem controle.

Algumas pessoas são fortes e não se viciam, isso é possível ver, algumas pessoas não são apegadas aos tipos de drogas que invisivelmente corroem as sociedades. Minha contribuição é essa.

É preciso ver vários lados para poder estimular uma ação. O problema não está somente no vício, está no entrosamento entre os poderes informais e formais. Para que as coisas aconteçam é preciso que se tenha senso sobre controlar a vontade do outro.

As pessoas se drogam de diversas formas, só não precisamos que pessoas que não as consomem sofram qualquer consequência. Como a lei que proíbe o uso de cigarro em ambientes fechados e que é uma coisa que uma pessoa que fuma deve ter consciência.

As pessoas não se drogam só porque querem, eu sempre escrevo sobre essas coisas, por isso resolvi escrever definitivamente aqui, pois não é saudável ficar escrevendo demais no computador.

A existência é muito complexa e nunca uma existência vai conseguir controlar totalmente a outra, pois o entendimento e a carência vem de si. Muitas vezes não adianta dizer à pessoa que fuma que cigarro faz mal, ela até sabe, assim como sabem os que bebem e dirigem, àqueles que tiram vidas por questões de relacionamentos, por questões familiares. Existem diversas coisas que levam a existência humana ao erro e isso pode ser muito particular e único.

Logo, ao pensar na legalização, pensem na ideia de eliminar a principal fonte de renda de criminosos e de alguns que foram escolhidos pelo povo. Isso não vai atrapalhar de forma alguma a luta contra a fome, basta os homens entenderem que não precisam de muito, além do que é necessário para se ter uma boa vida e que as regras são óbvias, todos devem respeitá-las e cumpri-las.

Naturalmente as pessoas mais humildes teriam acesso a recursos financiados pelo própria população consciente da condição de sócios, que vivem em sociedade. O lucro exagerado não seria o objetivo cego daqueles que administram os recursos públicos e leis, não fosse o dinheiro e o luxo as piores drogas da humanidade. Entorpece, alucina e cega.

Seja parte da sua cidade, você pode formar um grupo, estimular ajuda, pode participar de grupos que já existam e aí você vai começar a lutar contra a fome e ajudar as pessoas a não precisarem de tantas drogas. Só precisamos de Paz.

Não desfaçam de alguns movimentos, não os generalize, isso é um contra-trabalho.

Outra coisa ruim é quando, por defender nossa opinião de maneira firme, não conseguimos ou não quereremos ver as contribuições do melhor ângulo possível. É uma barreira. Talvez, para cada existência, o pior inimigo.

Outra grande chave para  a resolução gradativa de problemas como a fome, é que devemos começar desde já, estimular nossos amigos desde já, para agir desde já, para que tudo que a gente ache ruim e indevido esteja no seu lugar, controlado, mas quando isso acontecer não estaremos vivos, assim como não comer da fruta de uma arvore que se planta. Não se pode só olhar à terra, tem que pegar as ferramentas, trabalhar, plantar, colocar, regar e cuidar, a todo momento, senão não vai ter jeito mesmo, lamento.

Não esqueçam os "cabeças vazias" que só querem fumar, que vivem bem, que tem estrutura...são eles que vão gerar capital para financiar a droga para dependentes que não conseguem se controlar e não tem dinheiro para pagar, serão naturalmente ativos sociais.

As pessoas sem condições que precisarem de drogas disponibilizada pelo projeto SID (você vai entender daqui a umas linhas), poderão ser tratadas...Já ouviu o velho ditado "Peixe se pega pela boca"?

A droga pode ser controlada, reduzindo gradativamente as dosagens, até eliminar a dependência. Como também, para aliviar a dependência de drogas mais fortes, pode se usar a maconha, por exemplo, com acompanhamento de uma equipe de Saúde e Intervenção à Dependência...o SID...gostaram da sigla? Eu achei legal: SID. (o "saúde" fica meio desconexo..e daí?)

As instituições de tratamento de saúde e readaptação social, seriam  financiadas pela riquíssimo comercio das drogas...e algumas,  que hoje são legais, passariam a fazer parte da contribuição, com uma parte de seus lucros, direcionado ao tratamento de seus contribuintes.

Liberando as pessoas que não consomem: Cigarro; Álcool; Cocaína; Crack; Maconha...de se sentirem lesadas, por acreditarem que colaboraram com tratamento ou recuperação de "descarados".

Sem contar que muitas pessoas se drogam e não perdem o controle e seriam elas as melhores contribuintes, pois investiriam mais que se beneficiariam dos serviços financiados pelo consumo.

E a fome, desemprego e saúde, ligada somente às drogas?
Imagina a rede de empregos que seria gerada, com direitos trabalhistas, férias, das oportunidades dadas às pessoas envolvidas em todos os processos.
É muita grana, sejam frios e calculistas...é muita grana sendo mal direcionada.
Mesmo que seja ruim...imagina uma pessoa morrendo inocentemente porque alguém a imaginou como traficante de cerveja...

Um simples usuário não pode ter sua vida ceifada pela violência, a não ser pela degradação pessoal resultante do consumo da droga que escolheu para si, a pessoa que escolheu e, se o seu consumo financiou a instituição onde será tratado, ninguém tem o que julgar.
Foto do artigo de jornal do JF_CETAD sobre drogas/ Jeniffer Batista

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.” - Bezerra de Menezes

Já chega de tanta violência, precisamos reeducar nossa convivência.

Obs: Isso é apenas uma especulação imaginativa, destrua ou desconstrua, construa e nem me diga.


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